a Lua de Luanda

Ilumina as ruas num compasso insinuante.
É mulher de cair em conversa simples, de aceitar as sistemáticas falhas no sistema, de se deixar enganar pelo disse que disse, que afinal não se fez.
É Lua de fases cheias de nada, onde os quartos minguam e encurralam o cérebro, e que quando crescem, entopem-no sem perdão.
É a esperança nos sonhos de uma nação amachucada por uma guerra que de nada serviu: a vela acesa nas noites de breu, que ilumina aqueles que o governo ainda não cegou.